Tava eu cagando esses dias e pensando. Sim, é matriculando o guri na natação que temos nossas melhores ideias e chegamos às melhores conclusões sobre vida e sociedade. Vi, como qualquer antenadinho chatito do Facebook, vídeos com os malnutridos norte-coreanos chorando pela morte de seu líder enviado dos céus - assim como é o Apóstolo Valdemiro Santiago -, em fila e esmurrando o chão.
Claro, você vai dizer "mas que bando de otário!". Eu também. A questão levantada agora por mim nem é essa. Lembram do livro 1984? Se você é fã de Big Brother ou já teve pensamentos mundanos em relação a bundas e músculos (opa! Daí, não...), sabe que raio de obra é essa: um dos romances mais perturbadores do século 20. É, sei, garota, ele não é fofo e tutute como o incrível roteiro da saga Crepúsculo, mas tem lá seu valor.
Foi desse livro que aquela produtora holandesa tirou o título Big Brother, o Grande Irmão. No livro de George Orwell, era uma entidade fake usada para embotar a cabeça da população, atochando nos belezas que havia um grande amigo, um grande irmão a zelar por nós. E ele usava câmeras nas casas de cada um para monitorar o ir e vir das pessoas. Um mecanismo minimamente tecnológico para que o Partido Comun... digo, o Partido soubesse quem estava andando fora do esquadro traçado por suas diretrizes que só visavam, claaaaro, o bem do pueblo.
Isso existe. De uma maneira diferente, adaptada, mas existe. Que o diga Londres, casualmente a cidade onde se passa a história do 84. Sabemos ser a cidade mais vigiada do mundo. Mas filtros de Internet em países socialistas e serviços virtuais secretos de grandes impérios são uma forma mais discreta de medir a vida do galerê.
Outra filhadaputagem-base do livro é a devoção forçada exigida pelos regimes ditatoriais. Isso sempre rolou... taí a Alemanha nazista, da segunda metade da década de 30, que não me deixa mentir. A Rússia stalinista, Cuba-a-ilha-não-se-rende com discursos castristas de 6h de duração, a Coreia do Norte com bandeirinhas e gente faceirinha por ser subjugada a Kim Jong-il Ping Pong também podem ser citadas como o fino do odioso método autoritário de ditadores.
E por último a Polícia do Pensamento. No libelo de Orwell, a entidade se dava por meio de agentes infiltrados (nada muito diferente do que rolou no período militar no Brasil), publicações, conversas, imagens das câmeras e até o dedodurismo cretino natural das crianças. Pensou torto, foi contra o Partido, cagou fora do penico? Cana. Morte. Mas antes uma execução moral na mídia oficial.
Isso já não rola atualmente? Digo: sim! No Facebook e Twitter e antes no Orkut. Experimente abusar uma vírgula da liberdade de expressão garantida pelo senso comum e Constituição nacional e tu vê o que te acontece! Há uma Polícia do Pensamento infiltrada habilmente no julgamento de cada membro dessas redes sociais, pagando de patrulha ideológica perniciosa, burra, mal intencionada e cabaçona.
- Mulheres de verdade não tomam bomba, comem carne...
- Quê? Como assim 'mulher de verdade come carne'? O que tu quer dizer com isso? E a violência com os animais? Será que tu é tão alienado assim?
Pronto. Você se queimou publicamente. Pensou fora do que o politicamente correto/moderno entende como verdade indiscutível, tomou discussão nas fuças! Nem precisa ser tão malvado comedor de presépio assim. É só ir de encontro a qualquer outra bundice e a Polícia do 1984 está ali. Só em casos extremos matam, mas até chegar a esse ponto a reputação do indivíduo torra.
Esse texto poderá ser violentado também, já que será publicado no Facebook. Mas quem leu 1984 sabe como escapar do Grande Irmão Bundamole.
Foi desse livro que aquela produtora holandesa tirou o título Big Brother, o Grande Irmão. No livro de George Orwell, era uma entidade fake usada para embotar a cabeça da população, atochando nos belezas que havia um grande amigo, um grande irmão a zelar por nós. E ele usava câmeras nas casas de cada um para monitorar o ir e vir das pessoas. Um mecanismo minimamente tecnológico para que o Partido Comun... digo, o Partido soubesse quem estava andando fora do esquadro traçado por suas diretrizes que só visavam, claaaaro, o bem do pueblo.
Isso existe. De uma maneira diferente, adaptada, mas existe. Que o diga Londres, casualmente a cidade onde se passa a história do 84. Sabemos ser a cidade mais vigiada do mundo. Mas filtros de Internet em países socialistas e serviços virtuais secretos de grandes impérios são uma forma mais discreta de medir a vida do galerê.
Outra filhadaputagem-base do livro é a devoção forçada exigida pelos regimes ditatoriais. Isso sempre rolou... taí a Alemanha nazista, da segunda metade da década de 30, que não me deixa mentir. A Rússia stalinista, Cuba-a-ilha-não-se-rende com discursos castristas de 6h de duração, a Coreia do Norte com bandeirinhas e gente faceirinha por ser subjugada a Kim Jong-il Ping Pong também podem ser citadas como o fino do odioso método autoritário de ditadores.
E por último a Polícia do Pensamento. No libelo de Orwell, a entidade se dava por meio de agentes infiltrados (nada muito diferente do que rolou no período militar no Brasil), publicações, conversas, imagens das câmeras e até o dedodurismo cretino natural das crianças. Pensou torto, foi contra o Partido, cagou fora do penico? Cana. Morte. Mas antes uma execução moral na mídia oficial.
Isso já não rola atualmente? Digo: sim! No Facebook e Twitter e antes no Orkut. Experimente abusar uma vírgula da liberdade de expressão garantida pelo senso comum e Constituição nacional e tu vê o que te acontece! Há uma Polícia do Pensamento infiltrada habilmente no julgamento de cada membro dessas redes sociais, pagando de patrulha ideológica perniciosa, burra, mal intencionada e cabaçona.
- Mulheres de verdade não tomam bomba, comem carne...
- Quê? Como assim 'mulher de verdade come carne'? O que tu quer dizer com isso? E a violência com os animais? Será que tu é tão alienado assim?
Pronto. Você se queimou publicamente. Pensou fora do que o politicamente correto/moderno entende como verdade indiscutível, tomou discussão nas fuças! Nem precisa ser tão malvado comedor de presépio assim. É só ir de encontro a qualquer outra bundice e a Polícia do 1984 está ali. Só em casos extremos matam, mas até chegar a esse ponto a reputação do indivíduo torra.
Esse texto poderá ser violentado também, já que será publicado no Facebook. Mas quem leu 1984 sabe como escapar do Grande Irmão Bundamole.