segunda-feira, 22 de julho de 2013

Popularidade fake

- ... e esqueci de dizer: muito bonita aquela foto que tu postou!
- Qual?
- A penúltima, com uma praia ao fundo. Que lugar era aquele?
- Ah, era em Cidreira, dia desses. Ficou realmente bonita... mas só deu 59 likes até agora.
- E desde quando isso conta alguma coisa?
- A mesma foto, igualzinha, no perfil da Mari deu 134!
- Psss... tá, e daí?
- E daí que parece que ela tá mais bonita, sei lá!
- Ai, ai... olha, Jana, eu entendo tua baita preocupação e até entendo tua lógica. Mas quer ver que, apesar de ter fundamento, tua lógica é perniciosa?
- Perni-o-quê?
- Saca: dos 59 likes que tu recebeu, digamos 40 sejam de guris. Certo?
- Certo.

- Os que não são veados (cerca de 35) querem, provavelmente, te comer. Certo?
- Hahaha, é... pior que é.
- Então, tu daria pra esses 35?
- Lógico que não!
- Provavelmente o plêiba pra quem tu quer dar nem curtiu ali... mas, enfim, desses 35, talvez só uns 2 ou 3 tenham a chance de sair com uma mulher linda que nem tu.
- Ai, brigada!
- E vê o caso da Mari. Se multiplicarmos proporcionalmente o número de gente que curtiu a foto dela, vamos ter uns 70 potenciais comedores da guria. Te pergunto (tu, que conhece ela): a Mari daria pra esses 70 caras?
- HAhaha, nem pensar! Fresca do jeito que é, se der pra 1 já vai ser lucro!

- Então, porra?! Que diferença prática tem se tu tiver 50 ou 100 likes na tua foto, se tu termina nem querendo satisfazer o machaiêdo que vai lá curtir? Só quer deixá-los na vontade?
- HahAHAha! Pois é...

- Prova cabal de que esse comportamento, o de provocar, o de deixar a galera babando e de ficar beiçuda por não ter tal número de 'legaizinhos', é absolutamente pernicioso
- Tá, não gostou da foto, é só dizer!
- Não, eu gostei... mas, enfim, não vou te comer mesmo.

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