O Capital mata
Dizia Miguel que a turma dele não vivia naquela base de se preocupar com grana e tal. Havia cooperação dentro da pequena república em que eles viviam, no coração da cidade. A comida era compartilhada, as produções artísticas eram divulgadas da mesma forma, o trabalho não respeitava os padrões tradicionais do Capitalismo Imperial que os americanos tentavam empurrar pra gente...
Me pareceu interessante.
Um dia, exatamente 1 mês depois de ele ter chegado à casa, foi a vez de ele pagar o aluguel. E a luz. E a água. O gás também. A conta do IPTU? Essa também.
Era demais pra filosofia do rapaz: juntou seus quadros, roupas de tecido reciclado, a cerveja do dia anterior, o iPhone e se mandou de volta pra casa dos pais, no subúrbio. Um grito de revolta.
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