quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O que mudou em 3 anos?

Fica interessante de fazer um exercício mental acerca do que mudou na cena musical da Grande Porto Alegre nos quase 3 anos sem atividade do bloguinho do beleza aqui. O que será que aconteceu com as bandas, suas formas de divulgação na Internet e na rádio, seus propósitos em relação a músicas próprias, os parâmetros de côveres, a atenção quanto a visual, dogmas de comportamento, upgrade de equipamentos, avanços nas técnicas instrumentais e vocais...
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Pois com a convicção daqueles caras que não gastam horas tomando Colônia (ou "Locônia", apelido legalzão para tapear o sabor de Perfex que essa merda tem) conversando a respeito dos rumos da música, enchendo o zovido dos convivas, chego à mais uma conclusão nefasta, curta, que abarca tudo o que mudou, de facto, para os conjuntos musicais da região metropolitana da capital gaúcha:
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Nada.
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Solos. Coisas que bateram à minha porta enquanto eu caçava mosquitos vampiros nesse calorzinho.
  • No inverno de 2003, fiz a maldita fama do Rock Way comentando (com um claudicante texto, confesso) sobre a quantidade de músicos do Rock que se bandeavam para o Reggae e afins ("souêra", como disse um amigo meu). Mais que isso: a quantidade de músicos que tocavam em 3 ou 4 bandas dessas ao mesmo tempo.
  • O Reggae acabou, mas a galera não tem jeito de sossegar num projeto só. Éééé vontade de ensaiar, cruzes...
  • Quem são as bandas sobreviventes depois de 6 anos, desde o primeiro post desse blog?

Um comentário:

  1. Grande Marat. Legal ver que o comparsa reativou o blog. Eu, particularmente, sempre gostei de ler, já me diverti muito e já quis te matar uma vez... heheheh.
    Mas em relação ao assunto do post, realmente cara, podemos dizer que a música do nosso Vale efetivamente morreu.
    Quem levava a coisa tentando se bandear mais para o lado profissional, como a Nauê, Gandaya, e a própria MooGee, acabou percebendo que música, como muitas coisas por ae, não passa de um jogo de interesses. É grana aqui, grana dalí... não se faz praticamente nada sem a tal da grana. Éra a época em que haviam os descobridores de talentos. Hoje há descobridores de cofres, gente que aparece na mídia e que não toca porra nenhuma, que tem um som palha, e que desembolsa 30 mil pra ter um minuto de fama na TV.
    Falei com uns camaradas da Unisinos esses dias que me falaram que quase foram tocar na garagem do faustão, esse quase era apenas 20mil reais pra ser "selecionado" por um artista convidado... Lastimável essa situação, caro amigo Mará !!
    E o que nos resta e passar anos e anos tocando por ceva e ouvindo os pintas gritarem o velho "Toca Raúúll".
    Quando se vê, foram-se os anos e deixamos de fazer inúmeras outras coisas acreditando no sonho que na grande maioria das vezes fica mesmo só no sonho.
    Essas foram as razões que me motivaram a encerrar a carreira que na moral nunca existiu.
    Quantos sacos devem ser lambidos pra conseguir um bom show na capital? Quantos reais pra rolar o som numa rádio da moda?
    Invejo quem ainda está na luta, mas ao mesmo tempo fico com pena pelo tempo perdido.
    No final das contas o que nos resta são boas histórias pra dar risada tomando uma ceva, lembrando desse ou daquele show que sempre será inesquecível na vida de quem fez apenas 20 ou 30. Realmente, assim é difícil de esquecer.
    Tem muita gente talentosa ae na volta, mas vai demorar até aparecer algum...
    Velho, espero que o teu blog alcance novamente o sucesso que já teve.
    Grande abraço !!

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